Educar é
mandato sublime, seja em qual for a área do conhecimento humano. Já instruir na fé
é ministério sagrado, reservado a seres especiais. Assim se
constitui a missão do(a) catequista. Voz da Igreja que parte, amplia e reparte
o alcance do anúncio libertador. Pessoa de abdicação, inserida no seu tempo,
atualizada. Estrategista que encontra tempo e disposição de se colocar a
serviço. Malabarista equilibrador de trabalho, família e Igreja. Acrobata que
se sustenta nas finas cordas das labutas diárias, amparado por uma força maior,
causando suspiros nervosos e aplausos no final. Agricultor cujo cultivo são as
amizades, cuidadas com fineza nos gestos e regadas pela delicadeza materna no
trato, anunciadores e reveladores do amor Criador. Matemático prático que se
divide e multiplica, dando conta de reuniões, encontros, planejamentos, estudos
e infindáveis documentos eclesiais. Artista talentoso interpretador de vários
papéis, sendo pai, mãe, médico, escritor, cantor, animador, palhaço, terapeuta,
diretor espiritual e tantos quantos forem necessários.
De
forma bem resumida, o catequista é isso! Mas ser catequista é muito mais! É
apresentar a boa nova a mentes e corações sedentos do Eterno. Apaixonar-se pela
vida e pelo seu ministério, saboreando o banquete da partilha e temperando com
generosas pitadas do Sagrado a vida de sua gente. Fazer com que nos
reconheçamos filhos amados, descortinando um horizonte no qual nos percebemos
participantes de uma mesma e grande família. Despertar a co-responsabilidade,
sentimento e atitude impulsionadora ao cuidado com o próximo, o planeta. Polir
o espelho de nossa existência, embaçado pela modernidade egoísta, deixando-nos
enxergar nossa imagem no outro, semelhante que nos instiga a ser melhores.
Fazer experienciar que o Sublime se “gentificou”, dignificando nossa espécie,
na certeza da possibilidade de santificarmos a humanidade, eternizando o oculto
numa aparência passageira. É ser
profeta, enxergar além, garimpar a presença de Deus nas labutas humanas,
apontar com segurança, criatividade e ousadia o Caminho que nos leva ao Pai.
Enfim,
ser catequista é, acima de tudo, ser “ser-humano” obediente ao projeto do Pai,
ser cristão consciente de sua missão de espalhar a Boa Nova do Reino a todas as
criaturas.
Pe. Marlone Pedrosa
Comissão
Bíblico-Catequética da Diocese de Caratinga-MG (Fonte: http://www.catequesehoje.org.br)